Joana Prado
Nasci em uma cidadezinha
do interior maranhense. Tive uma infância completa, entre travessuras, roubos
de frutos no quintal do vizinho (embora eu tivesse um enorme, esse era para a ação de outras infâncias como a minha), braço
quebrado, teimas, palmadas e árvores adotadas como confidente. Entretanto, conheci cedo o mundo dos adultos quando me casei
aos 14 anos e tive meu primeiro filho aos 16 (momentos obviamente inapagáveis de minha aquarela). Entre ciúmes e inexperiências,
o casamento acabou após 16 anos, quando retornei aos meus estudos, formando-me em Letras pela Universidade Federal do Piauí.
No mundo da leitura ingressei pelo exemplo de meu pai, não porque me induzisse a ler, mas por ter tantos ciúmes dos seus livros
que os mantinha trancados e quase escondidos. O que me deixava tão curiosa que me fazia roubar a chave do seu baú para pegá-los
e lê-los avidamente antes que dessem por falta deles. Foi paixão a primeira lida (parodiando Clarisse em seu conto maravilhoso
"Felicidade Clandestina")! Atualmente sou professora de EJA e Ensino Fundamental e vez por outra, tento poemar (plagiando
meu amigo Luis Eusébio). Se consigo, digam-me vocês leitores, única razão para o ato de registrar, pelas letras ou imagens, inquietações existentes somente no complexo, ou até simplório, coração dos poetas.
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