Oh! Reinante ser,
Tu que arquitectas o míssil,
Para poderes desenvolver o contra míssil,
Desenvolves novos vírus,
Para poderes vender os antídotos,
És senhor do que estimas serem poder,
Sacias tua sede de sangue,
Tingindo de sangue inocente o Euphrates
Alterando a cor ao Tigris,
Rasgando as entranhas de Babel,
Com perfurantes de mal.
Oh reinante ser,
Que patenteias a molécula,
Transformas o átomo,
Destróis pedaços de historia da humanidade,
Regando os jardins suspensos,
Com plasma sujo de bronze,
Oh reinante ser,
Que dominas mercados financeiros,
Não aceitas que algo te confronte,
Tu que és inferior de alguém,
Julga-te no entanto superior de tudo,
Senhor de muitos punhais,
És naco, de cálculo materialista,
Que não passa de nada.
Oh reinante ser,
Que pensas evoluir a humanidade,
Apenas a trazes de torno ao desconhecimento,
Despejando sobre a cabeça de uma criança,
De rosto pejado de incompreensão,
Porções de metal contaminado,
Reza, reza se souberes ao teu deus tenebroso,
Para que te forneça protecção do Meu,
Pois Ele, Ele te irá em breve tudo de tudo julgar.
Eduardo Jorge Março de 2003